Um levantamento feito pela consultoria Austin Rating mostrou que, de janeiro a setembro deste ano, a inflação no Brasil é a 4ª menor entre os países do G20, que representam as maiores economias do mundo. A inflação no Brasil, no mesmo período, acumulou uma alta de 4,1% e só perde para a elevação de preços no Japão, de 2,8%, na Arábia Saudita, de 2,7%, e na China, de 1,9%. Entretanto, o patamar brasileiro segue mais baixo do que outras nações ricas e desenvolvidas. Na Alemanha a inflação acumulada é de 9%, na Austrália o aumento é de 12,2%, na Itália 7,1%, no Reino Unido 7,6%, na União Europeia 8,5% e nos Estados Unidos 5,8%. Essa redução da inflação no Brasil foi influenciada com o teto do ICMS de 18% para alíquota estadual sobre a energia, aprovado pelo Congresso Nacional, que diminuiu o preço dos combustíveis, telecomunicações e energia elétrica. No entanto, economistas ouvidos pela Jovem Pan News destacam que ainda existem desafios pela frente, como declarou o membro do Ibmec e professor de Economia, Gilberto Braga.
“Estamos nos aproximando do chamado teto da meta [da inflação]. E para o ano de 2023, há um IPCA de 4,97%, portanto abaixo de 5%. São notícias positivas, mas que ainda sinalizam um quadro de preocupação e incerteza com relação ao ano que vem”, detalhou o economista. Nesta semana, o Boletim Focus do Banco Central reduziu pela 16ª semana consecutiva a projeção da inflação para o ano de 2022. O mercado agora aposta em uma taxa de aproximadamente 5,6%, na semana anterior eram 5,7%. O economista da Fundação Getúlio Vargas e do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), André Brás, ainda está reticente com relação à desaceleração da inflação em 2023: “A inflação deve terminar em 2023 num patamar muito próximo deste ano. Lembrando que a desaceleração da inflação de 2022 tem a ver com renúncia fiscal, e não com queda generalizada nos preços. Então, é um efeito um pouco artificial esse arrefecimento repentino que a inflação apresentou esse ano”. Nos últimos três meses, a inflação medida pelo IPCA, do IBGE, apresentou variação negativa. Essa deflação acumulada foi de 1,3%, a maior para um terceiro trimestre desde o início da série histórica em 1980.
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