O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou à Polícia Federal (PF), na manhã desta quarta-feira (26), para depor sobre os ataques do dia 8 de janeiro contra as sedes dos Três Poderes em Brasília.
A PF investiga Bolsonaro no inquérito como instigador, pelas postagens na internet sobre o resultado das eleições presidenciais do ano passado e, principalmente, por uma postagem no dia 10 de janeiro, dois dias após os atos.
A publicação questionava, mais uma vez, as urnas e o resultado eleitoral, mas foi apagada logo em seguida. Segundo a PF, a parte em que investiga “instigadores” é sobre aqueles que, de alguma forma, alimentaram e instigaram ações de quem não aceitava o resultado das urnas, até culminar nos atos antidemocráticos.
Bolsonaro passou a ser investigado formalmente na categoria de instigadores após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Junto ao ex-chefe do Executivo devem estar presentes os advogados Paulo Bueno, Marcelo Bessa e Fabio Wajngarten, que era secretário de Comunicação durante a gestão de Bolsonaro na Presidência da República.
Esta será a segunda vez que Bolsonaro será ouvido pela PF desde que deixou o governo. A primeira vez foi no dia 5 de abril, mas referente ao caso das joias trazidas da Arábia Saudita.
A CNN apurou que, para este novo depoimento, a PF não pediu à Polícia Militar do Distrito Federal escolta ou reforço na segurança do prédio-sede que fica na Asa Norte.
A ação difere da oitiva anterior, em que cerca de 300 policiais militares cercaram o edifício e fizeram barricadas para a passagem do carro do ex-presidente.