Em Porto Seguro, no extremo sul da Bahia, os pequenos e médios pecuaristas estão melhorando a qualidade dos seus rebanhos através da inseminação artificial. Por causa do método, que está sendo oferecido de graça na região, os animais estão ganhando peso mais rapidamente e produzindo muito mais leite.
A ação integra o programa Mais Pecuária Brasil, que inseminou o primeiro lote bovino e bufalino em setembro do ano passado. Durante este período, já foram inseminados 134 animais em 3 propriedades da região.
“Esse convênio possibilita aos pequenos pecuaristas e produtores da região de fazer um cadastro na secretaria. Esse produtor entra no cronograma e a partir daí é tudo gratuito, o sêmen, as receitas da veterinária, os protocolos”, explica Eriosvaldo Renovato, secretário de Agricultura de Porto Seguro.
O veterinário do órgão municipal Júnior Fortunato, diz que com os primeiros resultados, a tendência é que mais propriedades se interessem pelo convênio.
“No primeiro momento a gente tinha uma certa dúvida se ia ou não funcionar, de fato tivemos algumas dificuldades, mas hoje podemos ver o fruto desse acordo de cooperação técnica e tenho certeza que de agora em diante outros pecuaristas vão se interessar pelo programa e vão nos procurar na secretaria”, disse.
O método possui muitas vantagens, pois consiste na inserção de touros de boas genéticas nas vacas e búfalas do rebanho, o que pode resultar em bezerros que ganham peso mais rapidamente e tenham a capacidade de melhor produção de leite.
“Fazemos um protocolo que chamamos protocolo de 10 dias. Inicialmente, a gente avalia o score do animal, que seria o porte físico dela, as características genéticas, a questão reprodutiva, faz um tração para ver se ela está vazia, e se tem algum problema reprodutivo ou não. A partir daí, a gente começa a fazer a aplicação de hormônios no que a chama de D0 no protocolo, que seria inicialmente o implante, aplica o hormônio”, conta.
“No D8 a gente faz a retirada do implante, aplica mais um hormônio e no D10 a gente aplica mais um hormônio e faz a inseminação. O animal vai receber um sêmen de uma genética mais avançada e consequentemente vai produzir animais melhores geneticamente, tanto na produção de carne quanto na produção de leite”, detalha o secretário.