O Twitter está se aproximando de um acordo para ser comprado por Elon Musk, de acordo com o The New York Times e outros meios de comunicação, 11 dias depois que o CEO da Tesla e da SpaceX chocou a indústria ao se oferecer para comprar a empresa em um acordo que a valoriza em mais de US$ 41 bilhões.
Um acordo pode ser finalizado ainda nesta segunda-feira (25), de acordo com o Wall Street Journal. O Twitter se recusou a comentar as reportagens.
Relatos de que um acordo é iminente surgiram depois que Musk revelou na semana passada que havia alinhado US$ 46,5 bilhões em financiamento para adquirir a empresa.
O conselho do Twitter se reuniu no domingo para avaliar a oferta de Musk de comprar todas as ações da empresa que ele não possui atualmente por US$ 54,20 cada, confirmou uma fonte familiarizada com o acordo à CNN.
A fonte disse que as discussões sobre a oferta de Musk ficaram sérias.
O potencial acordo de venda encerra um turbilhão de notícias que começou há menos de um mês, quando Musk revelou que havia adquirido uma participação de mais de 9% na empresa e aumentou os pedidos de mudanças na plataforma de mídia social.
Questões sobre se Musk seria realmente capaz de financiar sua aquisição do Twitter surgiram nos dias seguintes à sua oferta de compra, especialmente depois que ele disse em uma entrevista no dia de sua oferta que “não tenho certeza se realmente poderei adquirir o [Twitter].”
As ações do Twitter vinham sendo negociadas visivelmente abaixo do preço de oferta em um possível sinal de ceticismo dos investidores sobre o negócio.
Na manhã desta segunda-feira (25), no entanto, as ações do Twitter subiram quase 5% após as reportagens, chegando a US$ 51 por ação.
Se aprovado, o acordo colocaria o homem mais rico do mundo no comando de uma das plataformas de mídia social mais influentes do mundo.
Musk enfatizou repetidamente nos últimos dias que seu objetivo é reforçar a liberdade de expressão na plataforma e trabalhar para “desbloquear” o “potencial extraordinário” do Twitter.
“Investi no Twitter porque acredito em seu potencial de ser a plataforma para liberdade de expressão em todo o mundo, e acredito que a liberdade de expressão é um imperativo social para uma democracia em funcionamento”, disse Musk em sua carta de oferta ao Twitter.
“No entanto, desde que fiz meu investimento, agora percebo que a empresa não prosperará nem atenderá a esse imperativo social em sua forma atual. O Twitter precisa ser transformado em uma empresa privada”, completou.
Nos dias que se seguiram à oferta de Musk, o conselho do Twitter colocou em prática a chamada “poison pill” que tornaria mais difícil para Musk adquirir a empresa sem sua aprovação.
Também havia dúvidas sobre se a empresa tentaria encontrar outro comprador.
No entanto, o analista sênior de ações da CFRA, Angelo Zino, disse na segunda-feira que a análise mais séria do conselho do Twitter sobre a oferta de Musk pode ter vindo “da percepção do conselho de que uma oferta alternativa de um ‘cavaleiro branco’ pode ser difícil de encontrar, especialmente após o declínio nos preços dos ativos de empresas de mídia social nas últimas semanas/meses.”
