Entenda o que motivou a tentativa de invasão da PF em Brasília

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O Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (PF) e a tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal cercaram, na noite deste quarta-feira (12), o hotel onde o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está hospedado.

A segurança foi reforçada após manifestantes incendiarem carros e ônibus no Eixo Monumental –principal via pública da capital federal.

Vestidos de verde e amarelo, manifestantes tentaram invadir o prédio da diretoria-geral da PF. No Setor Hoteleiro Norte, região central de Brasília, um grupo foi contido com bombas de gás de pimenta.

Horas após a cerimônia de diplomação de Lula pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) os ataques começaram, após as 18h30, hora em que o cacique José Acácio Serere Xavante foi preso nas proximidades da Torre de TV.

O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a prisão temporária –a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR)– do indígena José Acácio Serere Xavante por possíveis práticas ilícitas em atos antidemocráticos.

Por conta da decisão, manifestantes tentaram invadir o prédio da PF onde Xavante estava custodiado.

Em nota, a Polícia Militar do Distrito Federal confirma que o tumulto começou após a prisão de um líder indígena. “Índios tentam invadir o prédio da PF na Asa Norte”, destacou o comunicado, ao afirmar que a PM deslocou tropas “para controlar a situação com a aplicação das forças táticas e Batalhão de Choque”.

O local em que o cacique foi detido fica cerca de 500 metros do hotel de Lula. As informações foram dadas por interlocutores das forças de segurança do DF à CNN.

Segundo a PF, Serere Xavante teria realizado manifestações de cunho antidemocrático em diversos locais de Brasília: em frente ao Congresso Nacional, no Aeroporto Internacional de Brasília (onde invadiram a área de embarque), no centro de compras Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios (por ocasião da cerimônia de troca da bandeira nacional e em outros momentos).

Ao pedir a prisão temporária, a PGR disse que ele vem se utilizando da sua posição de cacique do Povo Xavante para arregimentar indígenas e não indígenas para cometer crimes, mediante a ameaça de agressão e perseguição de Lula e dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.
Na decisão, Moraes afirmou que a prisão preventiva é a única medida capaz de “garantir a higidez da investigação”.

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