Impasse sobre ICMS dos combustíveis persiste entre governos estaduais e federal

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Uma audiência de conciliação foi realizada nesta terça-feira, 28, no Supremo Tribunal Federal (STF) com o ministro Gilmar Mendes, representantes de secretarias e Fazenda, representantes do Ministério da Economia e vários governadores. A ideia era chegar a um consenso sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos Estados em relação aos combustíveis. Uma discussão que possui resistência entre o governo federal e os governos estaduais. Entretanto, até o momento não houve uma resolução. Ficou estabelecido que, em um período de 24 horas após essa reunião, os Estados e o governo federal devem apresentar uma solução.

Os estados já propuseram quatro itens para um acordo: a base de cálculo do ICMS sobre o diesel calculada com base na média dos últimos 60 meses; não vinculação da alíquota geral do ICMS com o princípio da essencialidade dos combustíveis; aplicação a partir de 2025 de alíquota sobre operações de fornecimento de combustíveis maiores que as alíquotas sobre operações em geral; e a retirada da tarifa de uso do sistema de transmissão de energia elétrica da base de cálculo do ICMS até a conclusão do julgamento sobre a questão no STJ.

O governo federal continua fazendo as contas para custear as medidas previstas na PEC dos Combustíveis. Resultado disso são os adiamentos da apresentação do parecer do relator Fernando Bezerra (MDB-PE). O anúncio do novo adiamento veio após o ex-líder do governo se reunir com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A conversa serviu para que Bezerra alinhasse os últimos detalhes da proposta antes de levá-la à votação. Após o governo desistir de recompensar os Estados, a proposta agora é ampliar para R$ 600 o valor do Auxílio Brasil, aumentar o vale-gás, além da criação de um voucher no valor de R$ 1 mil para os caminhoneiros. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), já defendeu a ampliação dos benefícios em discurso ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Nesta semana, nasce já no Congresso, junto com o presidente Bolsonaro, a ideia do governo de dar a todos os integrantes do Renda Brasil mais R$ 200 para ajudar nesse sofrimento, para aprovarmos o dobro do vale-gás paraos mais necessitados, quem recebe um botijão de gás a cada dois meses vai receber um botijão de gás a cada mês”, disse Lira. Na mesma ocasião, Bolsonaro aproveitou para exaltar o trabalho do Congresso na aprovação do auxílio de R$ 600: “Deixa claro que outras medidas estão sendo tomadas e também, no Auxílio Brasil, as mulheres em certas condições passam a ganhar R$ 1,2 mil por mês. Ou seja, o governo tem um olhar especial para os mais humildades no momento difícil que, não apenas o Brasil, mas, o mundo todo atravessa”.

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O ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, é alvo de mandado de prisão preventiva em uma operação da Polícia Federal (PF), deflagrada nesta quarta-feira, 22. Batizada de “Acesso Pago”, a investigação tem como foco a “prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos” do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb). Segundo informações da corporação, documentos, depoimentos e o Relatório Final da Investigação Preliminar Sumária da Controladoria-Geral da União apontam que “foram identificados possíveis indícios de prática criminosa para a liberação das verbas públicas” na pasta. Milton Ribeiro é investigado pela PF desde março por suposto esquema de favorecimento e liberação de verbas a pastores dentro do Ministério da Educação. O religiosos Gilmar dos Santos e Arilton Moura são apontados como membros de um gabinete paralelo do MEC, sendo responsáveis por intermediar reuniões entre os prefeitos e o ministro Milton Ribeiro. Os pastores também são alvo de investigação da Polícia Federal. Ao todo, são cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e cinco prisão nos Estados de Goiás, São Paulo, Pará, além do Distrito Federal. Segundo a Polícia Federal, outras medidas cautelares também são efetuadas, como a proibição de contatos entre os investigados e envolvidos. A ordem judicial foi assinada pelo juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal e cita como tipo penal “corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência. Audiência de custódia presencial está marcada para esta quinta-feira, 23, em Brasília, às 14 horas.

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